domingo, fevereiro 22

HOUVE TEMPOS



Em que estes montes tinham vida, neles viviam muitas famílias


produzia-se o trigo, a cevada e o centeio



aqui chegaram a pastar centenas de cabeças de gado


a maior parte dos sobreiros e azinheiras desapareceram, dando lugar a uma terra sem vida


" O Alentejo é que era
o celeiro da nação
nós somos alentejanos
eramos da terra do pão"

" Olho em meu redor e vejo
no nosso baixo alentejo
está a cair a solidão
tanta terra abandonada
que hoje não serve para nada
faz doer o coração
Os campos não são semeados
os montes estão abandonados
e neles já não há vida
vemos tudo a cair
sem saber para onde ir
foi uma luta perdida
Não o vamos deixar morrer
seja homem ou mulher
continuamos a lutar
é esta a solução que eu vejo
para o nosso querido Alentejo
de novo vida ganhar"...
Antónia Rosária Janeiro

2 comentários:

Susete Evaristo disse...

Só posso dizer que tens toda a razão minha amiga, eu própria peco por esse abandono.
Depois que os meus pais morreram a Quinta da Fonte Nova, que no tempo deles era uma casa com vida e onde eu sempre pensei viver, ficou ao abandono e hoje, poucas vezes lá vou, com muita pena minha.
Os meus filhos organizaram as suas vidas noutras paragens, o trabalho absorve-os ao ponto de quase não terem tempo nem para eles.
Os meus sonhos perderam-se na curvas e contracurvas desta estrada que é a vida.
Mas dói dói muito nada poder fazer.

XICA disse...

Susete, não era bem isto que eu tinha para ti, mas tive que interromper a postagem porque me chegaram visitas, o próximo sim é para ti amiga. Não queria de maneira nenhuma deixar-te triste e muito menos ainda fazer-te sentir culpada, olha, muitos jinhos e abracinhos.
O próximo post, então é para ti