segunda-feira, junho 16

CARINHO

Quando os teus pais me disseram que iria ser tua madrinha, o facto deixou-me muito contente porque era a primeira vez que este acontecimento se verificava na minha vida, sem contudo ter minimamente noção do que o mesmo significava.
De padrinhos, eu tinha a noção de que o meu era muito importante para mim, tinha sido durante muitos anos um grande amigo, ao jeito dele havia-me aberto horizontes totalmente desconhecidos e que de outra forma eu não conheceria; hoje, ele continua a ser aquele grande amigo, presença serena, sempre disponível, incondicionalmente disponível, quando todos se afastaram.
Perante isto, a única coisa que eu sabia é que queria ser assim contigo, mas sempre com muito medo de investir afectivamente, para não perder.
E assim surge o primeiro banho, surgem as mudas de fraldas, os biberons, as papas, o cortar as unhas sentadinho no meu colo, tarefa esta só minha, porque era a única pessoa com quem não refilavas ao desempenhá-la.
E vamos ficando cada vez mais próximos, quando partilhamos brincadeiras, festas de aniversário, festas de infantário, idas ao colégio, jogos, passeios, gostos comuns, cumplicidades de loucuras de vida, e tu sempre presente na minha vida e eu sempre presente na tua.
Esta partilha, este amor, sempre incentivado e acompanhado de muito pertinho por alguém muito especial para nós dois, a tua mãe, que fez questão desde o momento do teu nascimento que eu fosse uma madrinha sempre presente na tua vida, envolvendo-me, apoiando-me nas várias decisões a tomar e sendo conivente com elas. Foi ela que me ensinou a amar-te.
Hoje 25 anos passados, aqui estou eu, armada em quota a tentar descrever o indescritível – a relação de nós dois – porque feita de partilha, cumplicidade, carinho, ternura, em síntese, de muito amor.
Vou confessar-te umas coisitas, sempre me senti muito orgulhosa de ti, desde o tempo em que passaste por meu filho, até hoje que já passaste por meu namorado e sobretudo, sempre gostei de deixar muita gente pelo caminho cheia de “invejinha” porque tu és o meu “tronguinho”.
Hoje especialmente, quero dizer-te mais uma vez – GOSTO MUITO DE TI – bom dia de aniversário FÔFO. ( E agora diz lá, bem daquele jeitinho - madrinha, tu és completamente louca).

7 comentários:

Susete Evaristo disse...

Muitos parabéns e um beijo aos dois.

XICA disse...

Obrigado amiga, hoje, especialmente e à semelhança de todos os dias de todos os anos da vida dele eu estou e estarei, era assim que a mãe dele queria, será assim.
GRANDE MULHER/MÃE/AMIGA que foi a mãe dele, e digo foi, porque ele já a perdeu quando tinha apenas 23 anos, e em fase de conclusão da licenciatura que ela tanto queria ver concluida e para a qual contribuiu grandemente. Momentos dificeis que o fizeram crescer interiormente, numa fracção de segundos, eu deixei de ter o meu menino para passar a ter um adulto/homem nas mãos.

Mazdak disse...

Quem têm uma madrinha assim
têm tudo
Quem não têm uma madrinha assim
não têm nada...

Mar disse...

Miga, é bonito de se ver o carinho que tens por aquele "miudo". Espeta-lhe já um bêjo meu e muntos parabéns!

Anónimo disse...

queres outro para afilhado?
menino carente uuuum!
abreijos moça.
(vaidosa)

PjConde-Paulino disse...

Xica:
Não imagina o quanto gosto de soletrar "XICA" rssssss

Quero dar os parabéns ao seu "tronguinho" plos 25 anos e principalmente por ter uma madrinha assim:- irreverente; decidida; na loucura própria de quem gosta de lutar pelo seu ideal de vida..

Um beijo do "cumpadri" Pj

XICA disse...

Para os dois orfãos de madrinha (MAZDAK e SOUSA), têm que pedir ao tronguinho, autorização para partilhar a madrinha com mais 2 para além da outra mais pequenita que já existe; eu, por mim adopto mais 2.
Mar, sempre carinhosa, e como tu me conheces, amiga.
PJ, fico um nadinha preocupada, é que tou a deixar transparecer muito de mim.
Reconheço-me efectivamente na forma como me descreveu. Irreverente, sempre..
Decidida, e como...
Louca, também, pior não consigo conceber a vida de outra forma... Mas tudo sempre por amor e causas.