sexta-feira, março 5

OLHÓ ROBOT

Caminham cabisbaixos, o olhar vago sem brilho e daltónico que as cores do universo ferem, os dias sucedem-se numa amalgama amarfanhada e esmagada, como se vivessem em sucatas, mudos e surdos como se não houvessem sons, indiferentes aos cheiros carregam os chips introduzidos com a conivência de quem é indiferente à vida.
Impermeáveis aos sentimentos, agem como verdadeiros automatos programados com sucesso, não há noites nem dias, embrulhados que estão pelo nevoeiro cinzento e carregado que se esfuma um dia e aí é tarde demais para haver outro dia, porque a vida já se cumpriu e eles não cumpriram a vida.

2 comentários:

Antonio Lains Galamba disse...

http://oladodoshomens.blogspot.com/

passem lá camaradas

abraços

XICA disse...

Já passei, gostei e muito, mas isso tu também já sabes, sou suspeita porque sou fã das tuas fotos, e acrescento que tens uma grande responsabilidade ao meteres-te nisto, porque as expectativas são muitas. Uma joca muito grande.