domingo, julho 5

UM DOMINGO NA INFÂNCIA


Aos domingos, quando os sinos tocam

de manhã, o que neles se toca é a manhã,

e todas as manhãs que nessa manhã

se juntam, com os dias da infância que

nunca mais acabavam, as casas da aldeia

de portas abertas para quem passava,

as ruas de terra batida onde as carroças

traziam as coisas do campo, os cães que

corriam atrás delas, uma crença no sol

que parecia ter expulso todas as nuvens

do céu, e a eternidade desses domingos

que ficaram na memória, com o ressoar

dos sinos pelos campos para que todos

soubessem que era domingo, e não havia

domingo sem os sinos tocarem a lembrar,

a cada badalada, que os domingos não

são eternos, e que é preciso viver cada

domingo como se fosse o primeiro, para

que o toque dos sinos não dobre por

quem não sabe que é domingo.
Nuno Júdice

3 comentários:

Susete Evaristo disse...

E aqui também não falha:
Ermida de S.Gens. Ou como quem diz da Srª. de Guadalupe, muita gente até se esquece do outro santo que lá mora, S. Luis é que lá por ser santo dos bichos não é por isso que deixa de ser santo.
Olha olha eu a falar em santos....... santa paciência....
Jinhos

XICA disse...

O que eu gosto quando tu começas a dissertar sobre as coisas, é que a je nã percebe mesmo nadica de nada de santos e afins, pelo que gosto da forma como explicas tudo, discurso fácil e acessível, nada de grandes testamentos, isto é, tu tens uma capacidade inata para descomplicar e ainda por cima dás tudo mastigadinho como eu gosto.
Uma joca muito repenicadinha

Susete Evaristo disse...

E não sabes tu que o santo (S. Luis) é mentiroso é que a mão direira do santo mostra dois dedos como que a dizer "somos dois" nada mais falso na Ermida vivem 3!
Pode é ser sectário e só contar com ele e com S.Gens.
Está mal que a Senhora de Guadalupe também é santa ou não tivesse o meu nome!!!