segunda-feira, maio 19

19 de MAIO

Os olhos dos camponeses
São fogos na madrugada
Mal o seu corpo tombou
A noite ficou cerrada

Tiros soaram ao longe
No silêncio da campina
Rosa de sangue britou
Dos seios de Catarina.

Maduro se faz o trigo
Em terra sem ser regado
Quem no sangue semeou
Há-de colher uma espada.

Os olhos dos camponeses
São fogos na madrugada.
Imagem e poema roubado de http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/

5 comentários:

samuel disse...

E ficou aqui muito bem, a gravura do Dias Coelho e o poema do António Ferreira Guedes.
Aliás, sente-se que a Catarina aqui está em casa...

Abreijo

Mazdak disse...

belas moças...
a catarina e tu.

hasta...

caminhante disse...

hoje estive em Baleizão e ouvi amigas ,e filhas das mulheres que lutaram com Catarina, elas que ensaiavam as suas modas na casa do povo e depois ouvindo o Zé Casanova Falar das lutas passadas e das que ai vêm,e senti aquele calor da camaradagem,é bom tare em "casa" comadre.
beijos

XICA disse...

Samuel, confesso que quando o roubei, tive algum receio de que se chateassem, tu e a Maria, fico contente que o tenhas sentido dessa forma aqui, na barraquinha.
Tovarich, és capaz por favor de fazer um comentário um nadinha menos extensivo quisto... Canso-me a lê-los! "Osso duro de roer que nem cornos, mas com um CORAÇÃO tamanho do MUNDO".
Sousa, exagero quando falo da barraquinha? E exagero também quando digo que quando fôr presidenta vou prantar fronteiras qué nã quero aquilo dadecábedo!
SOLIDARIEDADE, ABRAÇOS CALOROSOS SENTIDOS, NECESSIDADE DE DISCURSOS INFLAMADOS A ENCORAJAREM A NOSSA LUTA, tudo ali.

Anónimo disse...
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