Somos formatados desde que nascemos, com base em padrões e crenças bem definidos pelos nossos antecessores, os comportamentos que desenvolvemos ao longo da nossa vida, são reflexo desa formatação, senão vejamos:
HOMENS - Ser forte, indestrutivel, por isso mesmo não lhes é permitido expressar sentimentos (chorar é coisa de mulheres, oferecer flores é mariquice)
MULHERES - Independentemente das capacidades que têm, desde pequenas somos educadas a acreditar que não somos capazes de tomar conta de nós próprias, sózinhas ( onde há uma panela - Mulher - há um testo - Homem - pra ela)
Para além da formatação a que cada ser humano é submetido, independentemente do sexo, ainda herdamos a chamada carga genética, elemento decisivo para o aspecto da nossa "Montra", e aí é o caos.
Quando esse aspecto, foge aos padrões definidos pela sociedade, para a mulher como ser perfeito, que tem que ser, entra a publicidade, e o papel desta, é bombardear-nos com uma parafernália imensa de produtos que, supostamente, irão fazer de nós esses seres perfeitos.
Às expectativas goradas seguem-se as frustrações, porque os resultados obtidos para além de não serem os esperados, obrigou-nos a abdicar de muitas outras coisas, pelo dinheiro investido; a aceitação/admiração pelos outros também não corresponde ao que se pretendia.
Deixo aqui uma sugestão, para além das muitas que certamente terão, para neste dia, pararmos, reflectirmos e porque não, sermos nós, enquanto educadores, agora, a romper com a formatação das nossas crianças e transmitir-lhes que o nosso próprio valor e a nossa auto estima são algo de fundamental, porque nós não somos só corpos, somos pensamentos, somos sentimentos.....
Sonhadora - é o 1º pensamento que vos ocorre ao ler este post, a mim apetece-me citar-vos um poeta popular sábio
" ... O Homem Sonha Acordado
Sonhando a Vida Percorre
e desse Sonho dourado
só Acorda quando morre.."
8 comentários:
E a mim faz-me alembrar aquela anedota quando num salvamento por helicopero a corda na podia com todos: 10 homens e 1 melher. Um tinha de deixar a corda. Nenhum qu´ria atão a melher disse:tábeim é vô déxar a corda cus homens sã mais precisos, p´ra governar;p´ra mandar; sã mais competentes mais trabalhadores;mais entiligentes. Quando acabou este descurso todo elugioso os homens bateram palmas....
helicoptéro é qué q´ria dezer.
Agora a sério amiga, não sei que idade tens mas o que dizes de que as
“MULHERES - Independentemente das capacidades que têm, desde pequenas somos educadas a acreditar que não somos capazes de tomar conta de nós próprias, sózinhas ( onde há uma panela - Mulher - há um testo - Homem - pra ela)”
era o que se dizia antes dos anos 60. Não é em vão que os anos 60 são uma referência. Garanto-te que a geração de 60, contribuiu e muito para a mudança de mentalidades. Quem viveu intensamente aqueles anos acostumou-se à luta, entendeu o que era pensar pela sua própria cabeça, foram anos de descoberta e de afirmação que deram novo sentido à condição de ser mulher. Sem medos, nem constrangimentos. E foi essa forma nova de pensar que transmitiu aos seus filhos. Hoje, não obstante aquilo que dizes sobre as frustrações e tudo o mais, a mulher conquistou a igualdade e tem mais condições de não se deixar subjugar. Não me digam que a sociedade é que exige isto ou aquilo, a mulher hoje, tem todas as condições de ser mulher por inteiro mas, como a escolha é livre, também pode optar por ser simples dondoca.
Minhas meninas! Tão crescidas que elas estão....:-))
Agora a sério, gosto de as ver debater estas coisas.
Miga susete, também vô escrever à séria, todo o investimento feito pela geração de 60 foi válido até à minha geração - as quarentonas - toda a geração posterior - as chamadas trintonas - está confinada outra vez, não ao universo tão fechado, como o era anteriormente, dos maridos, casa, etc, mas é quase assim. È este o comportamento das minhas colegas, que estão nessa faixa etária, e um outro exemplo que me marcou profundamente, pela subserviência daquela mulher ao marido - uma jovem de 32 anos com 3 filhos, perdeu o direito à prestação de RSI porque o marido não a queria a trabalhar, queria-a a cuidar dos filhos em casa, nota que foram os dois no dia da assinatura do acordo, comunicar isto mesmo, a todos os técnicos,ficaram assim apenas com o vencimento dele, 800 euros. Garanto-te que como técnica no terreno, o universo dos exemplo que te dei não é tão pequeno assim, como nós gostariamos. Houve efectivamente um retrocesso enorme, dedicação aos filhos, a um grupo de amigos muito restrito, etc,etc.
Nem posso perceber como é possivel viver assim, confinada a um nucelo restrito. Eu, que sempre fui senhora do meu nariz e em certa medida pioneira na abertura de novos horizontes. Em Serpa fui a primeira mulher a usar calças, a andar de mota, a usar biquini e mini saia. E quando todas usavam mini saia fiz uma saia comprida, que deu que falar.
Mais uma coisa de que me orgulho consegui transmitir aos meus filhos estes valores e eles são pessoas desempoeiradas, responsaveis e como se costuma dizer, sem macaquinhos no sótão.
A falta que tu fazes por estas bandas menher! tô quasi sózinha nessa guerra contra o comodismo e a acomodação, guerra essa que actualmente tem tido poucas batalhas, dada a dedicação de que falei anteriormente, mas nã sô criatura de me escalfar depressa, já disse que vô voltar, os muletos que se preparem pró dia do regresso da xica.
Enviar um comentário