Por conta desta guerra, andam as nossas criancinhas, enquanto pequenas, encerradas em caixotes ( vulgo infantários), à mercê de tudo e todos, desenvolvem, sem margem para dúvidas o instinto de defesa, mas também a agressividade e a revolta.
E ficam estas mães muito orgulhosas dos avanços diários dos seus exemplares, dizendo alto e bom som, como forma de se convencerem a elas próprias, que este é o comportamento correcto - é muito melhor, eles fazem uma aprendizagem diferente.
Diferente sim, mas não significa melhor, porque elas próprias, que vivenciaram esta experiência, estão completamente vazias de histórias de vida, das que os avós contavam, mas longe de quem estas mães mantêm os filhos, a bem da família, porque os sogros ( essa lepra), não podem imiscuir-se nas nossas vidas, então vamos lá ficar nós ( casal) e os filhos, chega perfeitamente.
Bons tempos aqueles em que prevaleciam as familias alargadas, que no natal enchiam uma casa, não de penduricalhos fúteis que preenchem a imaginação de uma criança, não lhe deixando margem de manobra para a sua própria criatividade, mas sim de histórias que nos faziam rir, preenchendo algumas delas a nossa atenção pelo conteúdo e pela forma natural e expontânea como era contada, exactamente porque se tratava de uma história contada por alguém que a havia simultâneamente vivido.
Vivam os casais perfeitos e felizes, porque, graças a Deus, nem sequer comunicam.
3 comentários:
Esta é muito boa e eu, como parte integrante dessa classe, "AS SOGRAS" vou ter que comentar.
Primeiro: desconhecia que o inimigo público nº. 1 fossem as sogras julgava que estavam em 2º lugar imediatamente a seguir aos Funcionários Públicos, mas tá beim!
Sigundo: Começo pelo ditado: "Filho és pai serás como vires assim farás" isto porque a esse "malfadado inimigo público nº. 1" os pais e as mães de hoje irão um dia pertencer.
Depois, há uma outra razão pela qual as/os avós de hoje são diferentes dos avós de antigamente.
Por um lado não tem tanto tempo para os netos e cada vez será pior, a manter-se esta situação (trabalhar até hum! estárem xéxes)por outro é como dizes os jovens pais esquecem-se de investir nas relações familiares com os mais velhos e não compreendem até que ponto essa relação é importante para a formação de uma criança.
Susete, devido às circunstâncias sou obrigada a ver e ouvir montes de disparates, destes tais jovens pais, que deram origem ao post. Gente vazia de tudo, mas de nariz empinado, armadas aos cucos.
è que neste caso, os avós até tinham todo o tempo do mundo e gostariam muito de dedicá-lo aos netos, mas não estão autorizados.
Susete, esquecem-se de investir na relação com os mais velhos, eles esquecem-se de investir até na relação entre eles próprios dentro da mesma casa, quanto mais com os velhos.
A minha avó tinha razão quando dizia - filha, os velhos são móveis que não têm lugar em casa nenhuma -
Interessante texto... Bêjús
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