Nas cidades, verdadeiros mausoléus sufocantes de aço e cimento, onde o ar é poluído, onde existem muitos fumos, ruídos e são completamente frenéticas.
Por lá as pessoas trabalham longas horas, intensamente, em salas fechadas, artificialmente iluminadas, e vivem apavoradas com medo dos chefes, que, porque se situam em patamares superiores, têm o poder de condicionar vidas, vidas estas de privações e muitas vezes de pobreza.
Sociedade esta, alicerçada no fausto de uns (poucos), à custa da fome de outros (muitos), sociedade esta, chamada de abundância, mas onde a maioria passa fome, com tendência a piorar a situação.
Sociedade esta, alicerçada no fausto de uns (poucos), à custa da fome de outros (muitos), sociedade esta, chamada de abundância, mas onde a maioria passa fome, com tendência a piorar a situação.
Sociedade, onde a solidão é uma solidão acompanhada de milhares de pessoas que fingem não se ver uns aos outros; que leva a um acasalamento acompanhado de um profundo desamor, e onde, porque os problemas económicos são reis, leva a um elevado controlo da natalidade; onde as crianças ao invés de fonte de prazer, são fonte de muitos problemas; crianças estas que procuram afectos na tecnologia que lhe disponibilizam e o isolam. Como esperar depois a retribuição de um amor que não tiveram, de um apoio que desconhecem?
Sociedade onde os homens têm como leitura preferencial os jornais desportivos, discutem futebol, praguejam à mesa do café, bebem compulsivamente, falam das conquistas amorosas e onde a virilidade se mede pelo numero de mulheres que levam para a cama. Que valores!
As alternativas preferenciais são a ingestão de alcool, injectar drogas ou anti depressivos que acalmam artificialmente mas que proporcionam apenas um momentâneo esquecimento, passado o efeito, a vida continua igualzinha, os problemas continuam os mesmos.
Como ensinar a esta gente o respeito, o amor, a solidariedade, afeição, amizade, gentileza, responsabilidade.
Por tudo isto, a vida da aldeia sempre esteve intrinsecamente ligada à história da minha própria vida, da minha infância , adolescência e maturidade.
" Adoro as coisas simples, elas são o ultimo refúgio de um espirito complexo"
Oscar Wilde
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