domingo, maio 18

CATARINA



2008


1996 - Prefiro o trabalho de bastidores, mas quando sou chamada ao palco, que remédio tenho eu, senão.....
aparecer.

Filmes, livros, poemas, musicas, homenagens, muito se tem feito para perpetuar a memória de um símbolo de resistência, de luta e sobretudo de coragem. 54 anos passaram sobre a sua morte e 34 anos passaram desde o dia em que se pôde finalmente falar e escrever sobre Catarina Eufémia, muitos foram e são ainda hoje, os que contextam as suas motivações, as suas convicções e a sua militância, mas serão estes os factos que todos nós e as gerações futuras necessitam reter na memória?


Na memória colectiva e como ensinamento para todos, deverá ficar a coragem, e o espirito abnegado de uma lutadora que contribuiu, à semelhança de tantos outros milhares, com o sacrificio da própria vida, para a conquista da Liberdade e de Direitos, pelos quais, hoje, nós os que vivemos em liberdade, nada fazemos para manter.


Nós, os das motivações fúteis, os que gostamos muito de filosofar sobre o mundo e sobretudo sobre as motivações dos que lutaram durante 48 anos consecutivos, em condições verdadeiramente desumanas, por uma sociedade mais justa, mais igual, mais solidária e com direitos.


Este ano e à semelhança de todos os outros desde Abril de 74 mais uma vez o PCP, lembra Catarina e lembra também que a melhor forma de homenagearmos estes homens e mulheres é continuarmos a LUTAR por todo o legado que eles nos deixaram.


Gastas estas palavras? Provavelmente, mas o certo é que a sociedade das palavras e dos políticos inovadores está à vista de todos nós - Miséria, Fome, Desemprego, Instabilidade, Insegurança.




6 comentários:

bulgari disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
bulgari disse...

É verdade Xica! Vivemos tempos difíceis, de grande incerteza e insegurança. A democracia está a ser usada como arma de arremesso, contra o povo. Se antes se sabia de onde vinha o inimigo, hoje é impossível. Apresentam-se de todos os flancos, até de onde menos se espera. Cada vez mais me deparo com indivíduos que supostamente defendem valores democráticos, a fazerem uso do poder a seu belo prazer, usurpando a liberdade de expressão. Avizinham-se tempos de luta, pelos valores, sem os quais não saberia viver.

bulgari disse...

Peço desculpa Xica, mas postei o post anterior duas vezes e removi um. Embora ache que as palavras nunca são demais, neste quintal tão bonito, não quis ser um cardo num campo de papoilas.
Beijinhos

XICA disse...

Bulgari, alguém com a sensibilidade que tu tens para a poesia e musica, dificilmente poderá constituir um cardo, seja em que campo fôr.
Montes de mimos!

samuel disse...

Quando o Zeca descobriu que eu era capaz de "fazer" na viola uma introdução e acompanhamento da cantiga, mais ou menos parecida com o que estava no disco, tive de o acompanhar algumas vezes quando a cantava. Era uma grande aflição, pois ainda nem tinha gravado o primeiro disco (empurrado por ele), mas a emoção que passava essa não me esquece até hoje.

Abreijo

XICA disse...

Samuel, desculpa mas fui à tua barraquinha e róbite o post de hoje.
Um Abraço grande e espero que não t´aborreças.