terça-feira, abril 22

VOO NOCTURNO

Agora já não vejo o sol
nem o seu reflexo lunar
levo a asas nos bolsos
e o coração a planar
neste voo nocturno
não sei onde vou aterrar

Sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir
são sempre os mesmos ossos
que eu insisto em partir
neste voo nocturno
só quero mesmo resistir

Agora não existe nada
o meu motor ao ralenti
vou revendo em surdina
tudo o que eu vivi
neste voo nocturno
a madrugada vem aí
Jorge Palma

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