sábado, outubro 30

AMPUTAM-SE SONHOS

No ecrã, contemplo o sol, perco-me nele e vagueio pela vida, como se caminhasse pela estrada, muitas duvidas sobre o que e como partilhar.
A tristeza e a decepção são a  tónica dominante, a luta interior é tão grande que as palavras atropelam-se na saída.
Martelam-me a cabeça expressões como " Quando o povo não é sujeito da história, não há revolução", e os sentimentos numa tropelia desesperadora, impondo-se a tudo e todos continuo a ouvir " o capitalismo não é humanizável por essência" e as perguntas sem resposta, e as atitudes sem uma explicação plausível, e os comportamentos num louco martelar, desesperam-me.
E no final, completamente exausta concluo simplesmente, premiar gratuitamente canalhas nojentos é amputarem-me sonhos, os meus e os daqueles que se bateram antes de mim por uma sociedade onde os mesmos não fazem sentido a não ser que os  submetam a acções de formação.
Porque isto me alivia a alma, deixo também propostas de títulos para a formação destes canalhas:
" Como deixar de ser ARROGANTE"
" Aprender a SER MODESTO e menos cagão"
" Aprender a ser solidário e não descartar responsabilidades"
" As dez regras para aprender a  TRABALHAR  e deixar de coçar a micose pelos corredores"
e ainda,
" Deixar de espalhar o charme que pura e simplesmente não existe"
E sim, estou revoltada
E sim, estou decepcionada
E sim estou profundamente triste.

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