quinta-feira, maio 1

1º de MAIO

Ouvindo as notícias, os pensamentos misturavam -se com sentimentos , o denominador comum em vários países eram mesmo os protestos dos trabalhadores, contra as politicas dos vários governos.
A perda de direitos conquistados, a precaridade que impede a constituição de uma familia, a perda do poder de compra e a pobreza que espreita muitas outras, e mais grave ainda, na Alemanha, os neo nazis que deitam as manguinhas de fora e voltam a pôr o mundo em sobressalto.
O meu jubilo só chegou quando é feita uma passagem por Cuba e eu olho para uma multidão assustadora, não pra mim que durante muitos anos convivi com elas ( multidões), mas para muitos que vêm uma américa latina crescer e consolidar-se à esquerda.
E aí eu fiquei novamente saudosista, daqueles primeiros de Maio, que eram dias de festa, de alegria e de comemoração porque a vida era para todos, sobretudo era um dia de descanso dedicado ao fraterno convivio com a familia e os amigos.
Dia de tranquilidade porque havia trabalho para todos; com ele vinha a casa a que todos têm direito; velhices asseguradas, sem a dependência de serviços ou das esmolas de complementos; em situação de doença, um serviço nacional de saude com resposta sem necessidade do recurso a consultas particulares, ou quando o era feito, era por opção e não por obrigação.
Tenho sobretudo saudades das galérias enfeitadas a desfilarem nas ruas cheias de gente, de povo....

2 comentários:

Mar disse...

Também cresci no meio desses banhos de multidão e galérias enfeitadas. Só quem passou por isso sabe o que representa a união de um povo e não este arremedo de país que agora temos. É por isso que me sinto uma privilegiada face a tanta gente que não sabe dar o valor ao que temos, ao que tantos antes de nós conquistaram com sangue. É por isso que sabemos que a luta tem que continuar.

XICA disse...

Mar, muitas vezes o desânimo entra sem avisar, embora pensemos que estamos sós, NÃO estamos, é nessas alturas que vou dando uma volta pelos blogs amigos e percebo - o nosso povo anda na rua.