19 DE MAIO DE 1954 - 19 DE MAIO DE 2009 ( 55 ANOS)
Na vasta planície os trigos não ceifados.
Ao longe oliveiras batidas pelo sol.
Tu serena caminhas para os soldados
com a ideia, para todos um farol.
A brisa não se levantara.
Ias armada apenas da razão.
Contigo os milhões que têm, fome
contigo o povo que não come e que ali cultiva o nosso pão.
O monstro empunhava as armas de aço.
Tu pedindo a paz serena caminhavas
levando um filho no colo outro no regaço.
As armas dispararam, tu tombaste.
As armas dispararam, tu tombaste.
Com teu sangue a terra foi regada.
E ali à luz do sol que tudo ardia
E ali à luz do sol que tudo ardia
dava mais um passo a nossa caminhada.
Na boca da mulher assassinada
certeza da vitória nos sorria.
o sol que o teu sangue viu correr
o sol que o teu sangue viu correr
que teus camaradas viu ali aflitos
ouvirá amanhã os nossos gritos
quando o novo dia amanhecer
Que nessa terra heróica - Baleizão -
onde se recolhe o trigo branco e loiro
teu nome gravado em letras de oiro
tem já cada um no coração
Francisco Miguel Duarte
3 comentários:
É um belo poema do "mestre chico", tão belo quanto o que ouvido hoje em Baleizão na inauguração do monumento, entoado pelo gruo coral.
Abreijo
Lindo mesmo Maltês, o do grupo coral, já as havia escutado durante os ensaios, mas tameim quem manda ter uma barreca com uma localização priviligeada, onde os sons se impõem naturalmente.
Jocas tovarich
Bonita homenagem.
Kisses del Sur
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